sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Kátia Abreu será a nova ministra da Agricultura

Senadora está no Tocantins e evitou contato com jornalistas nesta sexta-feira; a indicação deve ser uma das primeiras do novo governo da presidente Dilma Rousseff

A presidente Dilma Rousseff convidou a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu (PMDB-TO), para assumir o comando do Ministério da Agricultura. A nomeação já era aguardada há algumas semanas, como parte das negociações para assegurar o espaço do PMDB no novo governo.
Agência Brasil
Kátia Abreu
Eleita pelo antigo PFL, ela já esteve na linha de frente da oposição ao governo petista, em especial durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda assim, a hoje peemedebista sempre manteve boa relação com a presidente Dilma.
Kátia Abreu deve ser um dos primeiros anúncios da nova equipe de governo, junto com o senador Armando Monteiro, candidato derrotado ao governo de Pernambuco e indicado para comandar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A expectativa maior, entretanto, é pela confirmação dos novos titulares da equipe econômica. O governo pretendia fazer o anúncio nesta sexta-feira, mas acabou adiando a divulgação. O ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy deve assumir o comando do Ministério da Fazenda e o ex-secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa é aguardado no Planejamento.
fonte: IG Brasilia

SP- Mercado em compasso de espera e de olho na oferta de animais.

fonte: Noticias Agricolas

Brasil pode ter 19 plantas habilitadas pela China, diz Abiec

Diretor da entidade reforça expectativa de início rápido dos embarques e destaca concorrência com a carne bovina australiana no mercado chinês


A indústria brasileira de carne bovina tem a expectativa de, em um primeiro momento, habilitar até 19 plantas frigoríficas para exportar para a China. Foi o que afirmou nesta terça-feira (18/11) o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec), Fernando Sampaio. De acordo com ele, oito já estavam certificadas antes do embargo do país asiático - imposto dois anos atrás e retirado na semana passada - e poderiam exportar imediatamente. Outras 11 estão em uma "lista de espera", mas as informações sobre essas unidades já foram enviadas às autoridades chinesas.

Sampaio reforçou a expectativa manifestada pelo ministro Neri Geller em entrevista a Globo Rural, no último domingo (16/11), de que as vendas possam ser retomadas já no mês de dezembro. "Tem etapas que ainda precisam ser cumpridas, mas pelo que foi conversado nas reuniões é possível acreditar nesse prazo", disse.

A retirada do embargo da China foi confirmada no último fim de semana, depois de reuniões técnicas entre representantes dos dois governos. Em nota oficial, o Palácio do Planalto estimou que, já em 2015, as vendas de carne bovina para o país asiático poderiam ficar entre US$ 800 milhões e US$ 1,2 bilhão.

Questionado sobre o assunto, Fernando Sampaio evitou fazer uma estimativa. "Não estamos fazendo previsão por que a nossa limitação vai ser o número de plantas. Uma coisa é o que eu consigo com oito plantas. Outra é o que posso produzir com 19. A gente acredita que possa liberar as plantas todas e até mais em um futuro próximo", ponderou.

Entrar na China significa disputar um mercado que atualmente importa cerca de 300 mil toneladas de carne bovina. O principal concorrente do Brasil é a Austrália, país com quem os chineses têm um acordo bilateral que prevê preferências tarifárias. "É um assunto que estamos estudando, mas o fato é que a gente tem competitividade para pegar uma boa parte desse volume que a China está importando", afirmou.

Em 2012, o Brasil embarcou para o país asiático 17 mil toneladas e a tendência era de aumento nos volumes, até que veio o embargo. "Agora é recomeçar, mas a gente acha que vai dar para retomar as exportações com força total", avalia Fernando Sampaio, que acredita também em resposta rápida do lado da produção para garantir a oferta necessária. "Há mais tecnologia no campo, os ciclos estão mais curtos."

Arábia Saudita

Na semana passada, foi confirmada também a liberação do mercado da Arábia Saudita, referência para os negócios no Golfo Pérsico. O país é importante, segundo Sampaio, por que, além de pagar um preço melhor pelo produto, exerce influência sobre outros mercados na região, como Qatar e Bahrein.

"Os veterinários sauditas ainda têm que visitar o Brasil. Isso estava previsto e o Ministério deve fazer um esforço para que isso ocorra neste ano ainda. Estamos esperando isso para efetivamente retomar a exportação", disse ele.

Com as liberações da Arábia Saudita e da China, o Brasil recuperou quase todos os mercados para os quais efetivamente exportava e que tinham imposto restrições em função do caso não clássico de mal da vaca louca registrado em 2012 no Paraná. Segundo Fernando Sampaio, permanece sob embargo o comércio do produto com o Japão.

"Não exportamos carne bovina in natura para lá, mas é um mercado importante para a carne industrializada", ressaltou o diretor executivo da Abiec. Fernando Sampaio disse que a Coreia do Sul também não retirou embargo ao Brasil, mas é um mercado para onde não se exportava o produto.

Fonte: Globo Rural
 

SÓ PODE SER PIADA!!!

Projeto que proíbe animais em confinamento em SP passa por aprovação


O projeto ainda tramitará por outras comissões na Assembleia para ser enviado para a sanção final

Projeto que proíbe animais em confinamento em SP passa por aprovação
A Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) aprovou o projeto de lei 714/12, de autoria do deputado Feliciano Filho (PEN), que proíbe a criação de animais em sistema de confinamento. O projeto ainda tramitará por outras comissões na Assembleia para ser enviado para a sanção final.

Confinamento é o sistema de criação em que lotes de animais são colocados em piquetes ou locais com área restrita, impossibilitando-os de expressar seu comportamento natural e o pleno atendimento de suas necessidades físicas e mentais. Esse sistema de criação visa acelerar a engorda, aumentando a produtividade e diminuindo os custos do negócio.

O deputado acredita que o método não contribui para o bem-estar animal. “Esse sistema vem se intensificando em nome do ganho de produtividade. Mas ele é perverso com os animais, provocando lesões e estresse. Muitos passam a vida sem ver o sol ou a natureza. Apenas nascem, sofrem e morrem”, explica Feliciano.

Relatório da Humane Society International aponta que “o confinamento intensivo desses sistemas de produção prejudica severamente o bem-estar dos animais, pois são incapazes de se exercitar, de esticar completamente seus membros, ou de se envolver em muitos comportamentos naturais importantes. Como resultado da restrição severa desses sistemas de alojamento monótonos, os animais podem experimentar significativa e prolongadas agressões físicas e psicológicas. Além disso, extensiva evidência científica mostra que os animais confinados intensamente são frustrados, angustiados e sofredores.”

Segundo o texto, “produtividade não é sinônimo de bem-estar, igualar um ao outro não tem respaldo científico. A produtividade é muitas vezes medida em nível de grupo, o que não reflete com exatidão o bem-estar individual.”

No Brasil, as práticas mais comuns de confinamento são as gaiolas em bateria, celas de gestação e gaiolas para bezerros, utilizados, respectivamente, para galinhas poedeiras, porcas prenhes e bezerros criados para vitela.

A União Europeia, através de processos graduais, eliminou tais práticas até 2013. Nos Estados Unidos, os estados do Colorado, Arizona, Flórida, Oregon e Califórnia também têm coibido o confinamento.

Gaiolas em Bateria – As gaiolas em bateria são pequenas enclausuras de arame, que portam de 5 a 10 aves. Cada animal se restringe a um espaço médio de 430 a 550 centímetros quadrados, algo similar a uma folha de papel carta. Dessa forma, ficam impedidas de realizar seus comportamentos naturais, tornando-se inativas, em um chão estéril de gaiola. Tais restrições severas causam, além de estresse, a má condição do pé e distúrbios metabólicos como osteoporose e danos hepáticos.
Celas de Gestação – As porcas reprodutoras passam os quatro meses de prenhez nas chamadas celas de gestação, jaulas individuais com piso de concreto que medem, em geral, 0,6 x 2,1 metros. Pouco maior que o próprio animal, é tão severamente restritiva que a impede até mesmo de se virar. Os riscos desse tipo de confinamento são infecção do trato urinário, ossos enfraquecidos, claudicação e alterações comportamentais.
Gaiolas para bezerros – O confinamento intensivo de bezerros é realizado para a produção de vitela (corte de animal jovem). O animal de raça de leite é criado até 16 a 18 semanas de idade, período em que chegam a pesar cerca de 200 quilos, e destinados à indústria de carne. Somente uma pequena porcentagem é criada até a maturidade e utilizada para reprodução. Os vitelos são mantidos em gaiolas individuais com cerca de 70 centímetros de largura, amarrados na parte da frente da gaiola com uma coleira curta. Ficam com os movimentos restritos e impedidos de se deitar da maneira mais confortável às suas necessidades. A falta de exercícios regulares leva ao comprometimento do desenvolvimento ósseo e muscular, assim como à doenças nas articulações.
Cães e gatos - Em muitos canis e gatis, oficiais e clandestinos, as matrizes são mantidas confinadas em gaiolas, por toda a vida, sem receber luz do Sol e podadas da possibilidade de se mover de acordo com as necessidades anatômicas, fisiológicas, biológicas e etológicas. Muitas desenvolvem transtornos comportamentais irreversíveis.

Penalidades – O projeto de lei determina que o descumprimento das disposições será punido com pagamento de multa de 2.000 UFESP – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo por animal (R$ 40.280,00), valor que dobrará em caso de reincidência. Poderá ainda ser realizada a apreensão do animal ou do lote, a suspensão temporária do alvará de funcionamento, assim como sua suspensão definitiva de acordo com a progressão do caso.
O projeto autoriza o Estado a reverter os valores recolhidos para custeio das ações, publicações e conscientização da população sobre guarda responsável e direitos dos animais, para instituições, abrigos ou santuários de animais, ou para programas estaduais de controle populacional ou que visem à proteção e bem-estar dos animais.

Fonte: Redação PorkWorld/BeefWorld/AveWorld com informações de assessoria

Intenções de confinamento no MT

COLOCO ESTA NOTICIA SÓ PARA DIZER QUE PODERÍAMOS TER INFORMAÇÕES NO RS, COMO ESTAS NO MT, PARA CONHECER MELHOR NOSSA PECUÁRIA.

O Imea divulga o 3º Levantamento das Intenções de Confinamento CONFIRA AQUI

CONFINAMENTO: Pelo segundo ano consecutivo a quantidade de cabeças confinadas em Mato Grosso decresce, fechando 636,66 mil cabeças em 2014, ou seja, um montante 11,3% menor que o ano passado. A queda no volume de animais confinados é decorrente principalmente dos grandes confinamentos (acima de 5 mil cabeças) que, de forma geral, tiveram seus investimentos inibidos devido aos altos preços da reposição. Esta menor oferta de animais provenientes dos confinamentos, tem sido um dos principais motivos da alta vertiginosa das cotações da arroba no Estado neste segundo semestre. O valor da arroba, inclusive, foi elencado pelos confinadores como sendo o principal motivo do bom desempenho da atividade este ano. Por outro lado, para uma pequena parte dos produtores que avaliaram a atividade como ruim, o preço elevado da reposição foi o principal motivo para esta avaliação. 

Atenciosamente,
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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

BOI GORDO. QUAL É O NOME DELE???

SABEM QUAL É O NOME DO BOI, QUE É CHAMAR E ELE APARECE???
O NOME É "CINCO REAL".
CHAMEM QUE ELE APARECE !!!!!

Brazilian ANGUS Beef

Rússia já passa a ser motivo de preocupação para frigoríficos

Rússia já passa a ser motivo de preocupação para frigoríficos
Rússia já passa a ser motivo de preocupação para frigoríficos
Já há sinais de que o desempenho das vendas aos russos, muito comemorado entre setembro e outubro, poderá se deteriorar ainda neste quarto trimestre
Depois de entusiasmar os principais frigoríficos brasileiros com a autorização, em agosto, para que mais de 80 estabelecimentos exportadores do Brasil também pudessem acessar seu mercado, a Rússia entrou no radar das preocupações da indústria nacional - em especial, da bovina. Já há sinais de que o desempenho das vendas aos russos, muito comemorado entre setembro e outubro, poderá se deteriorar ainda neste quarto trimestre, pressionado pela forte desvalorização da moeda russa (rublo) em relação ao dólar.
"Esquece a Rússia no quarto trimestre", afirmou na última sexta-feira o CEO da Marfrig, Sergio Rial, em encontro com analistas. Na avaliação do executivo, a desvalorização do rublo e a queda dos preços do petróleo impuseram muitas dificuldades econômicas para a Rússia, que é o segundo principal importador da carne bovina brasileira. A Marfrig é a terceira maior exportadora de carne bovina do país, atrás de JBS e Minerva Foods.
Apesar do alerta do executivo, os dados mais recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic) ainda não captaram uma mudança de tendência. Conforme a Secex, as exportações brasileiras de carne bovina in natura para a Rússia totalizaram 12,4 mil toneladas no acumulado de novembro até o dia 16, ou 1,239 mil toneladas por dia útil. Se o ritmo dos embarques não se alterar na segunda quinzena, as exportações superarão 24 mil toneladas no mês, ultrapassando as 18,2 mil exportadas em novembro de 2013.
Se até agora não houve alterações significativas em relação aos embarques, a depreciação do rublo se traduziu no comportamento de alguns importadores - que já enfrentam mais dificuldades para obter crédito, afirmou uma fonte ao Valor. Nesse contexto, há forte pressão dos importadores. "A situação da Rússia está incomodando. Eles vêm fazendo certa pressão em cima do preços", garantiu uma fonte ligada a um grande exportador brasileiro.
Conforme os dados da Secex, é possível notar uma redução do preço médio da carne bovina exportada para a Rússia. No acumulado de novembro até o dia 16, o preço médio da carne bovina foi de US$ 4.104 por tonelada, queda de 5,94% na comparação com a média de US$ 4.363 a tonelada registrada no mês de outubro.
Além disso, o preço da carne bovina in natura vendida para a Rússia também caiu entre a primeira e a segunda semana de novembro, com a média recuando de US$ 4.119 para US$ 4.076 por tonelada - retração de 1,05%. Apesar disso, o analista do Rabobank Adolfo Fontes pondera que a depreciação do real dá uma folga para a redução dos preços em dólar.
Para além dos preços, as dificuldades da economia russa também podem atrapalhar o fluxo de exportações em dezembro, admite outra fonte. Segundo essa fonte, a escassez de dólar na Rússia deve fazer com que o país não antecipe as 25% da cota de exportação prevista para 2015 para o próximo dezembro, frustrando os exportadores.
No caso das carnes de frango e suína, ainda não há qualquer impacto em volume e preço, afirma o vice-presidente de aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. "Tudo indica que esse é mais um mês positivo", afirmou ele, para quem as exportações de carne de frango chegarão a 40 mil toneladas no mês. Até o dia 16, foram 18 mil toneladas, o que já supera quase três vezes as 6,1 mil toneladas vendias em todo o mês de novembro de 2013. Apesar disso, Santin prega cautela. "Os importadores precisam de crédito. No médio prazo, pode ser um problema".
Fonte: Valor Econômico

O conceito "isso não dá pra fazer"...

por Miguel Cavalcanti


Ontem a noite participei de um evento de um projeto interessante, que nos faz pensar no futuro da pecuária.

Fui num jantar em um dos melhores restaurantes de SP, o Figueira Rubaiyat, para conhecer o programa Marfrig+, lançado pelo frigorífico com uma série de parceiros. Alguns dos principais professores, produtores e lideranças da pecuária estavam presentes.

Um momento interessante para encontrar uma série de pessoas que admiro, respeito e aprendo. Como o Prof. Celso Boin, fundador do BeefPoint, com quem sempre aprendo muito.

O evento contou a fala de Marcos Molina, Andrew Murchie ambos do Marfrig e também de Cau Paranhos, presidente da ABCZ, Pedro Novis, presidente da Nelore, Paulo Marques, presidente da Angus e Gustavo Junqueira, presidente da SRB.

Marfrig+ é um avanço em relação ao programa de fomento atual da empresa. Agora, vão trabalhar com embriões sexados de macho, produzidos a partir de matrizes de alta qualidade genética. A empresa parceira na parte técnica é a In Vitro.

Em 2014, o projeto piloto foi de 20 mil matrizes, para 2015, a meta é de 300 mil matrizes, que segundo a empresa, já foi fechada até ontem no evento. Para 2016, a meta é de 600 matrizes, e um milhão para 2017. Ou seja, um plano muito audacioso de ampliação. Hoje o programa de fomento Angus da empresa, chega a 200 mil matrizes e tem alguns anos de estrada.

Grande parte do foco da apresentação foi nos ganhos genéticos, no potencial de se multiplicar uma genética realmente superior, usando vacas muito produtivas para gerar oócitos. E como a fertilização é invitro, e se produz muitos embriões com apenas uma dose de semen, é possível investir em touros de altíssimo valor genético. Com isso, os ganhos genéticos seriam muito mais altos.

Eu acredito na genética como uma ferramenta poderosa e muito importante, mas o que mais me chamou a atenção foram outras coisas.

Primeiro, no evento estavam presentes diversos elos da cadeia. De donos e operadores de restaurantes, como Belarmino Iglesias, do Rubaiyat, Arri Coser, ex-Fogo de Chão e atual NB Steak, e até Peter Rodenbeck, que trouxe a rede Outback para o Brasil, e participou do primeiro evento que realizei, ainda estudante na Esalq. 

Confinadores de destaque como Andre Perrone, Wilson Brochmann e Victor Campanelli. Produtores de genética como Jacarezinho, que é uma das parceiras do projeto piloto. Além é claro das duas principais raças da atualidade no Brasil, em rebanho e venda de semen - Nelore e Angus.

É muito bom ver a cadeia toda reunida, de ponta a ponta, da genética ao churrasco, numa sala só, falando de futuro e de inovação.

E mais interessante de tudo, na minha opinião, foi uma visão mais global e gerencial do projeto. O objetivo do projeto é criar manuais de produção, indicadores de performance, e ter reuniões periódicas com o conselho técnico, que é composto por uma série de notáveis como Celso Boi, Bento Ferraz, Roberto Carvalheiro, Fernando Garcia e Pedro de Felício. E também reuniões de trocas de experiências entre os produtores, com comparação de resultados, indicadores e experiências. Me lembrei do trabalho que a Exagro faz com o benchmark de seus clientes. 

Eu acredito muito nesse modelo de troca de experiências e acompanhamento de indicadores chave. Em todos os lugares que eu vou, vejo as pessoas, os profissionais de alto resultado, de alta performance, medindo apenas algumas coisas, medindo de forma consistente e procurando melhorar todos os dias.

No evento, eu encontrei Helder Hofig, que faz um trabalho incrível de gerenciamento e de gestão de pessoas (foi das palestras mais bacanas do workshop sobre gestão de pessoas que fizemos ano passado). me lembrei também que a diferença de um McDonalds, de um Outback, está no fluxo, na eficiência de cada uma das operações que são feitas dentro e fora da loja.

Me lembrei também que a pecuária é um negócio de ciclo longo. Do dia que você resolve criar uma bezerra, que vai virar uma vaca, produzir um bezerro, que vai virar garrote, boi gordo, carcaça, peça de carne, até chegar no meu prato, assado, se passou um longo tempo. Se passaram muitas etapas. E não temos padronização, não temos uniformização, não temos boas práticas nessas etapas. E eu fico encucado, pois eu acredito que é possível encontrar boas práticas para tudo, ou pelo menos para quase tudo...

E nesse processo, com o convite do ex-presidente da CFM no Brasil, David Makin para tocar esse projeto, eu acredito que é mais um sinal de que o foco será em operação, em escala, e em boas práticas. Uma das coisas que eu mais acredito na CFM é o extenso trabalho que fazem para medir, avaliar e melhorar. Por exemplo, eles têm um manual de boas práticas de sanidade na fazenda. Quantas fazendas que você conhece tem um?

E me lembro de um artigo, há anos, do David sobre rastreabilidade, que era uma cutucada nos que achavam que era "impossível"...

Ele disse em um artigo, de 2003, publicado aqui no BeefPoint: "Não posso concordar que colocar brinco no bezerro antes do desmame e coletar suas informações periodicamente seja um desafio difícil de superar. A CFM já colocou brinco em 65 mil animais."

Uma boa reflexão para pensarmos sobre o quanto podemos avançar e o quanto queremos mesmo inovar. Não estou defendendo uma técnica ou uma ferramenta, mas questionando nosso conceito de "isso não dá para fazer"...

Eu desejo sucesso a essa empreitada, com tanta gente boa, com tanta gente que eu admiro e aprendo. E minha recomendação é que foquem no sistema, no fluxo de produção de ponta a ponta, medindo o que realmente importa, distribuindo essa informação, para que todos possam saber se estão bem (ou ruim) e possam melhorar, sempre.
fonte: Beefpoint

Altas de preço chegam a 12,2% no mercado do boi do RS em 30 dias


O mercado do boi está cada vez mais firme, o que geralmente acontece em novembro.
O preço do boi gordo subiu 8,2% nos últimos 30 dias, 6,6 pontos percentuais mais que a média de 2003 a 2013.
As cotações da categoria estão entre R$8,80 e R$9,20/kg de carcaça, a prazo.
A vaca é negociada entre R$8,50 e R$8,80/kg de carcaça, a prazo. A maioria das negociações ocorre na metade superior da faixa de preços.
O terneiro está entre R$4,80 e R$5,10/kg vivo, o que representa uma alta de 12,2% no último mês.
Caso a tendência se confirme, as cotações do boi gordo devem se manter firmes até o início de fevereiro.
Altas de preços para as próximas semanas não estão descartadas.


Por Renato Bittencourt

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Cresce a possibilidade de episódio tardio de El Niño

Esta será a sexta semana consecutiva em que o Pacífico Central Equatorial apresenta anomalia de temperatura da superfície do mar (TSM) igual ou superior a +0,5ºC, ou seja em patamar de El Niño. Para que se caracterize um episódio de El Niño, entretanto, as anomalias de TSM devem seguir em +0,5ºC ou mais por várias semanas seguidas até atingir, ao menos, três meses, logo a condição oficialmente ainda é de neutralidade (ausência dos fenômenos La Niña e El Niño) neste momento.
A persistência agora do Pacífico Equatorial quente já por um mês e meio e ainda a tendência de manutenção do quadro sugerem a possibilidade de que nas próximas semanas possa ser oficializado um episódio de El Niño. O boletim de ontem do NOAA, o órgão de previsão climática do governo dos Estados Unidos, indicou probabilidade perto de 60% de que o verão nosso se dê com a presença do El Niño. O fenômeno, em regra, traz mais chuva para o Rio Grande do Sul, mas não é garantia por si só de verão chuvoso. O verão de 2005, por exemplo, ocorreu com El Niño e teve estiagem forte. Os clientes da MetSul recebem uma análise completa e detalhada sobre a situação do Pacífico, a sua evolução e quais as prováveis conseqüências.
fonte: MetSul

CONSUMO INTERNO VAI DEFINIR PATAMAR DO PREÇO DAS CARNES


Nos últimos anos muito se falou a respeito da importância do mercado interno e do consumo per capita de carne suína para sustentar o crescimento da suinocultura brasileira

O assunto ganha força e destaque principalmente nos períodos de baixa do mercado do suíno vivo, mas será justamente no melhor momento da atividade que o mercado doméstico será desafiado. O volume exportado de carne suína em 2014 será o menor dos últimos 10 anos, e o horizonte de curto prazo aponta para manutenção da média decenal de 550 mil toneladas/ano. Neste cenário, todo estímulo à produção terá o consumidor brasileiro como destino.

A forte elevação no preço do suíno vivo no segundo semestre de 2014 tem gerado uma grande discussão a respeito dos motivos e também causado apreensão sobre as consequências, sobretudo pelo fato de na gôndola do supermercado já haver resistência dos consumidores em relação ao preço das carnes bovina e suína, que subiram muito acima da inflação. O preço do boi mais do que dobrou em oito anos, aumentando a distância em relação à cotação do suíno. Mas nos últimos dois anos a recuperação do preço do suíno diminuiu a diferença de preço entre as duas proteínas.

No gráfico abaixo podemos comparar as cotações da arroba do boi gordo e do suíno vivo, e também observar a relação entre os preços das duas proteínas. O período entre 2006 e 2007 marca o início da escalada de preços do boi gordo (em vermelho), com aumento também das cotações do suíno (em azul). Naquele momento a cotação do suíno vivo era em média 68% do valor da cotação do boi gordo, mas já a partir de 2008 esta equivalência (em branco) começou a perder força, levando a cotação do suíno para uma média de 54% do preço do boi no período 2011/2012, graças à crise da suinocultura e à manutenção do mercado do boi gordo.

Comparativo Boi x Suíno Vivo

Já entre 2013 e 2014, mesmo com aumento aumento das cotações do boi gordo, a forte recuperação dos preços do suíno vivo fizeram com que a diferença entre os dois mercados ficasse menor, com o suíno vivo valendo em média 63% do valor do boi gordo, interrompendo assim uma sequência de cinco anos, de 2007 a 2012, de queda na equivalência entre um mercado e outro. No entanto, vale ressaltar que a curva de tendência de longo prazo (amarelo) aponta para aumento da diferença entre as cotações do boi gordo e do suíno vivo, como de resto já acontece no mundo inteiro, tendo sido o Brasil sabidamente o último país do mundo a produzir carne de boi barata, o que já não acontece mais.

Todas as perspectivas indicam que o mercado do boi gordo vai continuar em alta, fazendo com que no crescimento total da produção mundial de carnes nos próximos 10 anos a carne bovina contribua com apenas 16%, contra 31% de participação da carne suína e 53% da carne de frango, de acordo com estudo da OCDE/FAO. A expectativa está em como o consumidor brasileiro vai reagir aos preços da carne suína, que mesmo estando em um patamar de equivalência com a carne de boi inferior ao de oito anos atrás, interrompeu um ciclo de queda que propiciou maior atração no momento da compra.

Logicamente tanto a carne de boi quanto a carne suína aumentaram a distância da carne de frango, que com preços mais atrativos teve desempenho surpreendente em termos de consumo não só no Brasil como no mundo inteiro. O consumo de frango vai continuar crescendo, a questão discutida aqui é se o consumidor ao deixar de comprar carne de boi vai comprar carne suína, ou melhor, qual seria a diferença de preço entre carne suína e carne de boi que faria o consumidor migrar de uma para outra.


fonte: Protal Do Agronegócio | Da Redação

domingo, 16 de novembro de 2014

Venda de carne bovina para a China deve começar já em dezembro, diz ministro


boichina
O Brasil deve começar a embarcar carne bovina para a China já a partir da segunda quinzena de dezembro. A afirmação foi feita neste domingo (16/11) pelo ministro da Agricultura, Neri Geller, que retorna ao Brasil depois de cumprir agenda de reuniões oficiais no país asiático.
“Posso afirmar categoricamente que na segunda quinzena de dezembro ou, na pior das hipóteses, começo de janeiro, vamos começar a exportar carne bovina direto para a China”, garantiu Geller, em entrevista por telefone a Globo Rural ainda em território chinês, por volta de zero hora deste domingo horário de Brasília.
Neste sábado (15/11), o Ministério da Agricultura confirmou a reabertura do mercado para a carne bovina do Brasil. O governo chinês havia decidido suspender as compras depois da detecção de um caso não clássico de mal da vaca louca no Paraná, em 2012. De acordo com o comunicado do governo brasileiro, além de acabar com a restrição, as autoridades locais se comprometeu a acelerar a habilitação de plantas frigoríficas.
Segundo Neri Geller, o fim do embargo foi confirmado depois de reunião técnica para solucionar uma divergência relacionada ao status brasileiro de risco insignificante para mal da vaca louca, atestado pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). “Havia um interpretação dúbia do relatório da OIE. Era uma questão burocrática que foi esclarecida. Foi passado ponto por ponto e alinhado”, disse.
O próximo passo é uma visita técnica de autoridades chinesas ao Brasil para verificar as unidades exportadoras e promover as habilitações. Neri Geller afirmou que há nove ou dez plantas aptas e que dependem apenas da avaliação final in loco dos técnicos do país asiático, que o ministro espera que ocorra até a primeira quinzena de dezembro. “Mesmo ainda estando embargado, a questão das plantas andou. Da parte do Brasil está tudo certo e tem um parecer favorável”, frisou.
Questionado sobre o quanto a China poderia agregar às exportações de carne bovina no Brasil, o ministro da Agricultura preferiu não detalhar números. Lembrou apenas que, antes do embargo, o valor estava em torno de US$ 300 milhões. “O mercado cresceu muito nesses dois últimos anos e está em ascensão. Isso depende muito da iniciativa privada e da nossa capacidade de fornecimento. Mas é um mercado muito forte e é impressionante o quanto querem a carne brasileira.”
Mesmo adotando um tom cauteloso, Neri Geller disse não temer problemas de oferta de produto brasileiro, apesar da atual situação da cadeia produtiva da carne bovina, com baixa disponibilidade de animais para abate e alto preço da arroba do boi gordo. Na avaliação dele, em pelo menos seis meses, o setor pode se consolidar. “Estou muito animado porque o produtor brasileiro responde muito rápido. Se houver demanda, a oferta se constrói rapidamente porque o potencial de crescimento da produção é muito grande”, avaliou o ministro.
Sobre outros mercados, Neri Geller informou que um dos próximos alvos é a Malásia. Segundo o ministro, uma missão brasileira já embarcou para negociar com as autoridades locais. “É outro mercado que deve se consolidar sem dúvida”, disse ele, lembrando que, antes da China, o governo obteve a liberação da carne bovina pela Arábia Saudita, importante mercado da região do Oriente Médio. E acrescentou que, ao longo do ano, chegou-se a acordos também com Irã e Egito.
Fonte: Beefworld

Expofeira: Agropecuária é destaque em Pedras Altas


Novembro é um mês esperado pela população de Pedras Altas, pois acontece a 8ª Expofeira nos dias 28 a 30. A cidade é conhecida por ser o berço da agropecuária do estado, pois de lá foram introduzidos no país raças como o gado Jersey, o gado Devon e a ovelha Karakul e até hoje ainda há muitas fazendas que preservam a cultura, com isto a exposição tende a ser muito forte e de boa qualidade, dentro de um novo formato de produção a 8ª Expofeira é destaque neste ano. 

Visitante de outras cidades também tem a opção de acampar no Parque de Exposições, aonde acontecerá a feira. Os produtores podem inscrever os animais no Sindicato Rural, Av. Comendador Avila 215, ou pelo e-mail srpedrasaltas@gmail.com. A realização da feira é do Sindicato Rural de Pedras Altas e produção BLB Negócios. Confira a programação:  

Sexta-feira 
12:00 – Entrada dos animais 
11:00 – Julgamento das carcaças 
14:00 – Julgamento Concurso de Borregas da Emater, ovinos a galpão e ovinos de campo 
15:00 – Julgamento vaquilhonas e touros 
18:00 – Remate vaquilhonas, touros e ovinos. 
20:00 – Pavilhão de Show´s – DJ Nickollas Mathias 
 21:00 – Pavilhão de Show´s – Show / Baile: Grupo Orgulho Gaúcho 

Sábado 
09:00 – Concentração de Machos 
10:00 – Admissão 
14:00 – Julgamento Morfológico de Equinos Crioulos 
19:00 – Julgamento funcional das Potrancas vendidas 2013 
20:00 – Remate de Equinos Crioulos e Remate de Coberturas 
21:00 – Pavilhão de Show´s – DJ Nickollas Mathias 
22:00 – Pavilhão de Show´s – Show / Baile: Grupo Expresso da Vanera  

Domingo 
08:30 – Continuação do Julgamento e Campeonatos da Raça Crioula 
11:00 – Inauguração da 8ª Expofeira de Pedras Altas 
12:00 – 4ª Festa do Cordeiro Assado 
14:00 – Prova Freio Jovem (Infantil, Juvenil e Aspirante) 
16:00 – Prova Potros 21 Dias 
18:00 – Pavilhão de Show´s – Show de encerramento da 8ª EXPOFEIRA de Pedras Altas – Banda Recanto.
fonte: eigatimaula.com.br