sábado, 8 de dezembro de 2012

Lote campeão cruza - VII concurso genética Angus

ESTÂNCIA SANTA MARIA  de SERGIO FERNANDES E FILHOS 
PEDRAS ALTAS / RS


URUGUAY - En 2013 todos los frigoríficos leerán chips de vacunos


Al inicio de 2013 todos los frigoríficos podrán leer, luego del noqueo del animal, los datos del chip del vacuno y extender la trazabilidad al sistema de cajas negras del Instituto Nacional de Carnes, cosa que no se ha podido cumplir en forma óptima por interferencias que generan los diversos motores en las plantas de faena.

Esa fue una de las novedades que surgió ayer en la primera reunión de un equipo de trabajo interinstitucional que se conformó, a iniciativa del Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca, para detectar y corregir dificultades en el Sistema Nacional de Información Ganadera  (SNIG). La reunión duró dos horas, comenzó con la bienvenida del ministro Tabaré Aguerre a los participantes y luego la condujo María Nela González, directora del SNIG.

Otro aspecto abordado fue la necesidad de que a la brevedad el formulario D1 (para identificar terneros), que se realiza en papel retrasando el registro, se pueda hacer en forma electrónica.

Hugo Estavillo, quien participó en representación de la Sociedad de Medicina Veterinaria del Uruguay, dijo a El Observador que la reunión “fue muy positiva, era algo que hace tiempo los involucrados veníamos pidiendo, quedamos todos con deberes para hacer de cara a la segunda reunión, que se hará en febrero”.

Esta reunión permitió “que el Ministerio conozca de primera mano por los actores algunas problemáticas y qué soluciones puede haber a nivel de campo”.

Participaron representantes de los consignatarios, de las cámaras de la industria, de la Asociación Rural del Uruguay y de la Federación Rural, de Cooperativas Agrarias Federadas, de la gremial de productores de carne a corral, de los exportadores de ganado en pie y de los tamberos.
FONTE: EL OBSERVADOR

Cinco países que mais exportam carne bovina para Rússia


Rússia pode suspender importação de carne bovina e suína dos EUA


Reuters
Por Theopolis Waters e K.T. Arasu

 As exportações de carne suína e bovina dos Estados Unidos para a Rússia poderão ser suspensas no sábado após pedido de Moscou para que os produtos sejam testados e certificados como livres do aditivo ractopamina, uma medida que analistas consideram retaliação política.
Segundo a Usmef, considerando que o Departamento de Agricultura do país (USDA) não tem um programa de testes e certificação para a ractopamina, a determinação poderá efetivamente suspender as exportações de carne bovina e suína para a Rússia a partir de sábado.
A ractopamina é usada como aditivo alimentar para tornar a carne mais macia, mas países como a China baniram seu uso. As Nações Unidas concordaram que existem níveis aceitáveis para o uso do produto.
A federação disse que mais de 210 contêineres de carne suína e bovina no valor de 20 milhões de dólares estão atualmente no caminho para a Rússia.
"... esta nova demanda efetivamente significa que o mercado russo será fechado às exportações de carne bovina e suína começando neste sábado (8 de dezembro)", disse a federação por e-mail a associados.
O porta-voz da Usmef, Joe Schuele, confirmou o email.
"O prazo final é uma preocupação por causa da incapacidade de atender à demanda deste documento", disse Schuele.
A medida russa vem após decisão do Senado dos EUA que aprovou legislação para punir as violações aos direitos humanos pela Rússia, como parte de uma lei mais ampla para expansão do comércio bilateral.
A Rússia é o sexto maior comprador de carne suína dos Estados Unidos.
MEDIDAS
O Canadá se moveu rapidamente para atender à demanda da Rússia, começando o processo de testes nesta sexta-feira.
A Agência de Inspeção Alimentar do Canadá forneceu aos processadores de carne indicações para os testes e é responsável por assinar os certificados assegurando que os produtos atendam aos padrões requeridos pela Rússia, disse Jacques Pomerleau, diretor executivo da Canada Pork International, que representa a indústria.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) pediu que o requerimento seja imediatamente suspenso para ter novas discussões com Moscou sobre a segurança da ractopamina.
(Reportagem adicional de Mark Weinraub, em Chicago)

FONTE: EXTRA.GLOBO

Mercado do boi gordo em baixa afeta demanda por reposição


As expectativas de melhora na quantidade de negócios no início deste mês não se concretizaram.
No Rio Grande do Sul, a falta de chuvas na maioria das regiões prejudica cada vez mais as pastagens nativas. Com isto, a demanda diminuiu, principalmente para machos mais erados.
No Mato Grosso do Sul a procura pelo bezerro de desmama (5,5@) aumentou em relação à semana anterior.
No Pará
, as chuvas já colaboram com a melhoria na situação das pastagens, o que gera boas expectativas para a demanda nos próximos dias.
A oferta de bois magros está restrita no estado.
Em boa parte das praças pecuárias, houve aumento na demanda por fêmeas para reprodução, devido à época de estação de monta.
O mercado do boi gordo em baixa nos últimos dias, na maior parte dos estados, foi o principal motivo para que o mercado de reposição não tivesse a reação esperada na última semana.
No geral, há a expectativa de aumento na demanda com a tendência de regularização das chuvas, mas o mercado do boi gordo frouxo pode continuar sendo um fator limitante.
Cabe a ressalva de que na segunda metade de dezembro, com o período de festas de final de ano, a quantidade de negócios geralmente diminui.
Colaborou Renato BIttencourt, zootecnista e analista da Scot Consultoria
FONTE: SCOT CONSULTORIA

Governo promete acionar OMC se houver embargo à carne brasileira


Ministério da Agricultura e Pecuária inicia “batalha da comunicação”, segundo secretário, para evitar queda nas exportações após rumores de morte de gado pelo Mal da Vaca Louca

Nivaldo Souza - iG Brasília



O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MPA), José Carlos Vaz, afirmou nesta sexta-feira (7) que o Brasil inicia uma “batalha de comunicação” para evitar que aconfirmação do primeiro registro no País do príon (agente causador do Mal da Vaca Louca),conforme revelou o iG , esbarre as exportações de carne brasileira. “Essa informação não pode ser explorada comercialmente”, afirma Vaz.
O governo está disposto a acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) se o caso for usado como argumento contra a importação por algum país participante do órgão global. “Continuaremos com as medidas precisarem ser feitas para ampliar a participação do Brasil no mercado mundial”, diz.
A frase foi uma referência à suspensão por quase dois anos das compras de carne suína, bovina e de frango em frigoríficos do Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. A relação foi reaberta recentemente, após o governo brasileiro apoiar a entrada Rússia como 156º membro da OMC, fato ocorrido em agosto deste ano.
Agora, o Brasil promete acionar o órgão multilateral de contenciosos comerciais caso seja retaliado. “Acreditamos que a Rússia vai seguir o acordo (respeitar o cumprimento pelo Brasil do protocolo da Organização Mundial de Saúde Animal). Caso não o faça, vamos tentar conversar bilateralmente. Não havendo negociação, vamos acionar a OMC”, afirma o secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Antônio Marques.
O Brasil se diz seguro em relação ao sistema de controle sanitário e à inexistência de uma epidemia do Mal da Vaca Louca no rebanho bovino. “Se algum país criar algum tipo de barreira, vamos usar os mecanismos certos, no âmbito da defesa sanitária”, diz Marques.
Primeiro caso
O Ministério da Agricultura confirmou hoje a incidência de príon em uma vaca morta em novembro de 2010 na cidade de Sertanópolis, região norte do Paraná, município na região metropolitana de Londrina.
O ministério afirma, contudo, que o animal não morreu em função da doença. “Não foi achada a doença no Brasil. Foi encontrada uma proteína que poderia gerar a doença. O País segue sem incidência de EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina, nome científico do Mal da Vaca Louca)”, diz o diretor de saúde animal Guilherme Henrique Marques.
O MPA afasta o risco de contaminação por consumo de ração animal pela vaca, morta com 13 anos, inicialmente, devido à elevada idade. O Mal da Vaca Louca se contraí a partir do consumo de ração produzida com farinha de osso animal, geralmente utilizada para completar a alimentação em causos de propriedades com pouco pasto.
O ministério afirma em nota técnica que o animal morto há dois anos era criado no “sistema de criação a pasto”, afastando assim o risco de contaminação por farinha de osso. “Foram feitos dezenas de milhares de exames e a doença não foi encontrada no animal. Isso comprova que foi um achado não clássico. O fato de o animal ter morrido e sido enterrado na fazenda não compromete o sistema brasileiro”, afirma o diretor.
Segundo Marques, o animal desenvolveu o agente por “mutação espontânea”. “Pelos elementos epistemológicos que temos tudo leva a crer que estamos tratando de uma mutação espontânea”, diz.
A constatação do agente do Mal da Vaca Louca foi realizada na Inglaterra pelo laboratório Animal Health and Veterinary Laboratories Agency, especializado no tema após a epidemia da doença na Europa no início dos anos 2000, levando ao sacrifício de mais de 180 mil cabeças de gado.
O relatório da agência inglesa será oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal ainda hoje, como prevê o protocolo internacional, que determina envio em 24 horas após ter sido entregue ao Brasil.
O governo assegura que apesar da identificação do príon pela primeira vez no gado brasileiro, o País mantém a classificação de “risco insignificante” da doença. A nota foi confirmada pela Organização Mundial de Saúde Animal em ofício enviado ao Ministério da Agricultura hoje pela manhã.
FONTE: IG

Rússia e aliados próximos definem quotas para importação de carnes em 2013

 Com a entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC), em vez de, ele próprio, continuar estabelecendo quotas para a importação anual de carnes, como faz há mais de uma década, o governo russo recorreu a um organismo local superior para essa tarefa, envolvendo parceiros próximos no sistema.

Dessa forma, por intermédio da Comissão Econômica Eurasiana (identificada pela mesma sigla da Comunidade Econômica Europeia – em inglês, EEC – mas congregando os países que integraram a ex-URSS) foi introduzido no bloco o mesmo sistema russo de quotas de importação de carne. Mas em vez de abranger todos os países do bloco, ele se restringe apenas à União Aduaneira formada por Belarus, Cazaquistão e Rússia.

As notícias divulgadas apontam as quotas de importação mostradas na tabela abaixo. Segundo análise do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), Belarus e Cazaquistão reduziram suas quotas para carne avícola em 27% e 9%, respectivamente, enquanto a quota russa foi aumentada em cerca de 6,5%.


FONTE: Avisite/Redação

JBS está a caminho de bater seus pares no mercado acionário


As ações da empresa devem subir 42% nos próximos 12 meses, que seria a maior alta entre os produtores mundiais de carne bovina

Lucia Kassai, da 
John Moore/Getty Images
Gado
Gado: a JBS saiu do prejuízo para o lucro no terceiro trimestre principalmente devido às vendas na unidade de carne bovina no Brasil
São Paulo - A JBS SA, ação de pior desempenho no setor de frigoríficos das Américas neste ano, é também o papel com a maior previsão de alta no segmento com as apostas da empresa de que o gado mais barato no País vai ajudar no aumento do lucro e na queda da dívida.

As ações da empresa devem subir 42 por cento nos próximos 12 meses, que seria a maior alta entre os produtores mundiais de carne bovina, segundo a média de 17 estimativas de preços acompanhadas pela Bloomberg.
O papel da JBS acumula uma rentabilidade negativa de 13 por cento este ano, em comparação à perda de 3,7 por cento para a Tyson Foods Inc., de acordo com dados da Bloomberg.
“As margens da operação de bovinos vão continuar se expandindo,” disse Wesley Batista, 42, presidente da JBS, em entrevista da sede da empresa no último dia 30. “Somado a isso temos a expectativa de queda dos grãos, o que vai ajudar a Pilgrim’s Pride, dando condições para um ano positivo pela frente.”
FONTE: EXAME.com

Marfrig Alimentos pode enfrentar difícil situação financeira, segundo analistas



Por Bob Moser 

A Marfrig Alimentos pode continuar enfrentando riscos de refinanciamento de sua dívida mesmo após o aumento de capital de R$1,05 bilhõesanunciado nesta semana, principalmente se continuar queimando altos patamares de caixa, avalia BTG Pactual.
A relação entre endividamento líquido e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da companhia seria reduzido de 4,8 vezes para 4,3 vezes, segundo os analistas Thiago Duarte, Enrico Grimaldi and Fabio Monteiro da BTG Pactual. Eles consideram que este patamar ainda bastante alto.
A Marfrig Alimentos teve gastos de R$ 430 milhões durante o terceiro trimestre, a mais do que os recursos gerados. Os analistas consideram que há riscos grandes relacionados ao integrar tais aquisições como os ativos da Brasil Foods.
A habilidade da companhia de cobrir sua dívida de curto prazo também não seria suficiente, de acordo com os analistas.
O caixa sobre o endividamento deve ir de 0,9 vez para 1,2 vez, o que representa uma fragilidade principalmente para 2013 e 2014. Cabe dizer que a Marfrig Alimentos tem R$ 3,5 bilhões vencendo em dois anos.
FONTE: CARNETEC

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

BOI: Oferta aumenta, mas escoamento da carne não se recupera


A oferta de boiadas aumentou e o escoamento da produção não se recupera.

Em São Paulo, pelo terceiro dia seguido houve recuo nas cotações do boi gordo. A maioria dos negócios no estado ocorre em R$96,00/@, à vista, com relatos de ofertas pontuais acima deste valor.

Em São Paulo, as escalas de abate estão bastante heterogêneas, porém confortáveis na média do mercado.

Existem ainda indústrias ofertando até R$3,00/@ abaixo, porém, o mercado trava.

As escalas de abate atendem a cinco dias, em média, mas a situação é heterogênea.

Apesar da pressão de baixa, os recuos foram pontuais. Existe certa resistência para entregar nos valores menores.

Diversos negócios estão sendo fechados abaixo da referência na maioria das praças.

No Mato Grosso do sul, por exemplo, aos poucos as compras a R$90,00/@ à vista, têm sido mais frequentes.

No atacado de carne bovina, a dificuldade nas vendas continua, mesmo com o efeito do décimo terceiro salário e bonificações, somados ao pagamento regular de salário no início do mês.


Clique aqui e confira as cotações do mercado do boi.
Fonte: Scot Consultoria

Distribuição dos abates em 2012

FONTE: SCOT CONSULTORIA

JBS faz mais um negócio da China com o governo



O governo federal acaba de injetar R$500 milhões no grupo JBS, maior produtor mundial de proteínas comandado pelos irmãos Wesley e Joesley Batista. O negócio se deu através da emissão de debêntures (quando uma empresa emite títulos de sua dívida ao mercado, que podem ser adquiridos por investidores). Segundo informação do jornal Valor Econômico, a operação foi coordenada pela Caixa Econômica Federal, que no final das contas acabou arrematando todo o lote de emissões. Na prática, o que ocorreu foi um empréstimo do banco estatal à holding.

Nos últimos anos a holding recebeu financiamentos e operações de capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que passou a ter participação de cerca de 31% do capital social do grupo.

Segundo o diário de notícias econômicas, as debêntures possuem um prazo de vencimento de cinco anos, com prazo de carência de três anos para o pagamento do principal, e não têm garantia alguma. O Valor informa que a Caixa não comentaria o assunto e que nenhum representante da J&F foi localizado para detalhar a operação.

O negócio é muito bom para a holding, pois ela pagará juros equivalentes à taxa DI, que acompanha a Selic, mais 1,82% ao ano pelas debêntures. A taxa é inferior à obtida em empréstimos anteriores contraídos pela companhia. No balanço do ano passado, apurou o Valor, as linhas de crédito de longo prazo da J&F possuíam taxa entre 2,26% e 6,80% ao ano, mais a variação da taxa DI.

A captação também possuiria um custo menor do que o de emissões públicas de debêntures com perfil de risco semelhante. Recentemente, emissão de debêntures outra empresa, pelo mesmo prazo, pagou o equivalente à DI mais 2,20%. Outra vantagem importante da emissão de debêntures em relação ao empréstimo tradicional é a isenção do imposto sobre operações financeiras (IOF).

Os recursos vão refrescar o caixa da J&F, que fechou o ano passado com apenas R$8 milhões, contra uma dívida de curto prazo de R$437 milhões. No ano passado, a holding apresentou prejuízo de R$163 milhões, mais do que o dobro do resultado negativo de 2010.

Em março deste ano, a holding contratou o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para o conselho consultivo. Ele é natural do município goiano de Anápolis e conterrâneo dos dois principais acionistas do grupo, os irmãos Wesley e Joesley Batista. Meirelles acumula os cargos de presidente do Conselho de Administração e da companhia.

Fonte: Brasil247.com. Por Gustavo Giani. 

Principais indicadores do mercado do boi – 06-12-2012


Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve valorização de 0,27%, nessa quarta-feira (5) sendo cotado a R$97,31/@. O indicador a prazo foi cotado em R$98,30.
A partir de 2/jan o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa deixou de considerar o Funrural.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro teve valorização de 0,98%, e foi cotado a R$719,59/cabeça nessa quarta-feira (5). A margem bruta na reposição foi de R$886,03 e teve desvalorização de 0,30%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na quarta-feira (5), o dólar foi cotado em R$2,10 com desvalorização de 0,15%. O boi gordo em dólares teve valorização de 0,42% sendo cotado a US$46,25. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 5/11/12
O contrato futuro do boi gordo para Jan/13 teve desvalorização de R$0,28 e foi negociado a R$94,94.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para jan/13
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.
No atacado da carne bovina, o equivalente físico manteve-se estável, fechado a R$93,87. O spread (diferença) entre o índice do boi gordo e equivalente físico foi de R$3,44 e sua variação teve alta de R$0,26 no dia. Confira a tabela abaixo.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
FONTE: BEEFPOINT

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Índia tem maior crescimento na produção e exportação de carne assim como no PIB comparado com economias avançadas [Rabobank]

Introdução
A Índia tem a maior população de bovinos e búfalos do mundo: possui 57% da população mundial de búfalos (105 milhões) e 15% da população de bovinos do mundo (199 milhões). De acordo com o último censo (2007), o rebanho de búfalos cresceu 1,8% ao ano durante os últimos cinco anos.
Historicamente, os bovinos eram principalmente usados na indústria de lácteos e o fato de a Índia ser o maior produtor de leite do mundo explica sua grande população de bovinos. Essa grande população dá a Índia uma oportunidade para participar no comércio mundial de carne bovina do abate de búfalos não produtores de leite. A ‘carne bovina’ produzida na Índia é principalmente carne de búfalo. O abate de vacas é restrito na maioria dos estados e o abate de vaca para exportação é proibido.
A participação da Índia no comércio de carne bovina aumentou bastante rápido na última década e dobrou nos últimos três anos. A indústria de carne de búfalo indiana começou como um subproduto do setor leiteiro, atendendo aos consumidores de carne bovina. A Índia é agora o quarto maior exportador de carne de búfalo do mundo e deverá se tornar o número um em 2012. As exportações de carne da Índia deverão ser de 1,5 milhão de toneladas (equivalente peso carcaça) no valor de US$ 2,85 bilhões no ano fiscal de 2011/12. Isso torna a carne de búfalo um dos maiores produtos agrícolas exportados (em valor) no país, depois de arroz e frutos do mar.
Uma das forças da carne de búfalo da Índia é seu preço competitivo no mercado global (Figura 1). Os búfalos, particularmente aqueles que já completaram seus ciclos de lactação, são usados para produção de carne e vendidos após não serem mais usados para a produção de leite; dessa forma seu custo fica competitivo.
A indústria de lácteos da Índia cresceu 4% ao ano (em volume) durante a última década e é incentivada pelo governo, além da participação do setor privado no desenvolvimento da indústria. O crescimento da indústria leiteira estimulou a reconstrução do rebanho e garantiu a disponibilidade de gado para produção de carne. Direcionada pelo baixo custo e disponibilidade da oferta, as exportações de carne de búfalo da Índia aumentaram nos últimos três anos, colocando a Índia em mesmo patamar dos maiores exportadores de carne do mundo.
De acordo com o último censo, o rebanho ainda está crescendo. Acredita-se que a indústria pode exportar carne de búfalo sustentavelmente por outros cinco a dez anos, apesar da taxa de crescimento não ser expressiva como ocorreu nos últimos dois anos, ficando em média de 41%. O novo censo está sendo processado e o resultado será crucial para a taxa de crescimento nas exportações de carne de búfalo da Índia.
Considerando que a produção de carne de búfalo, expansão do rebanho e taxas de abate se mantenham nas taxas atuais, em três anos as exportações podem ser prejudicas devido à liquidação do rebanho (Figura 2). No momento, existe pouco foco na criação de búfalos machos, mas com o apoio certo do Governo, programas de criação de búfalos machos podem ser desenvolvidos para fortalecer a base de oferta.
As exportações de carne de búfalo da Índia cresceram de forma significante devido à crescente demanda para o comércio de carne bovina, mesmo contando com os exportadores tradicionais. O comércio mundial de carne bovina cresceu 2,1% ao ano entre 2008 e 2011, enquanto a produção global declinou 1% ao ano durante mesmo período. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as exportações globais podem aumentar 7% em 2012 comparado com 2011. Direcionado pelo crescimento econômico nos mercados de carne bovina de baixo valor no Sudeste da Ásia, Oriente Médio e África do Norte, a carne de búfalo da Índia continuará ganhando participação de mercado. Devido à baixa produção global de carne bovina, os preços permaneceram em níveis elevados, o que ajudou a carne de búfalo da Índia com baixo preço a ganhar participação. Entretanto, a Índia ainda não é um país livre de febre aftosa, o que limita o alcance de mercado da indústria, restringindo a demanda para regiões emergentes.
Indústria em crescimento
Em 2011, a Índia foi o quinto maior produtor de carne bovina do mundo. A produção quase dobrou nos últimos 10 anos, aumentando de 1,65 milhão de toneladas em 2001 para 3,1 milhões de toneladas em 2011, uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 7% (Figura 3).
Quando comparado com as taxas de crescimento dos principais países produtores, o crescimento da Índia realmente se destaca, com o Brasil mostrando um crescimento de apenas 3% ao ano durante o mesmo período.
O crescimento na produção de carne de búfalo da Índia foi direcionado pelo potencial de exportação. O consumo doméstico cresceu 4% ao ano entre 2001 e 2011, mas ficou em média em 1% entre 2009 e 2011. O crescimento doméstico mais lento do consumo é compreensível, à medida que a carne bovina não é amplamente consumida na Índia. O abate de bovino não é aceito na religião Hindu, onde as vacas são associadas com santidade. Apesar do búfalo não ter uma associação religiosa, eles são criados tipicamente por produtores que têm um valor religioso  similar por esses animais. Dessa forma, a carne de búfalo é pouco consumida na Índia, consumido pela população não Hindu (cerca de 20% do total da população).
Em todo o país, o consumo per capita é baixo, de 1,6 quilos por ano. Baseado na população não Hindu como consumidores alvo, o consumo per capita pode ser de até 8,1 quilos por ano. Embora esse número possa ser comparável com os níveis de consumo da Ásia, ainda é bem abaixo dos níveis globais. Com o desenvolvimento da indústria de frango da Índia e uma mudança na preferência para a carne de frango, a demanda doméstica por carne bovina deverá se manter baixa. Entretanto, a população não Hindu manterá a carne bovina em suas dietas e, certas regiões, como o sul da Índia (Kerala) e estados do oeste, mostram uma preferência por carne bovina, o que mantém a demanda alta.
Cadeia de carne bovina altamente fragmentada
Na Índia, os bovinos são normalmente criados em quintais, principalmente para produção de leite, esterco (usado como combustível e fertilizante) e para apoiar outras atividades relacionadas à fazenda e de tração. A maioria do sistema de produção de búfalo pode ser classificada como extensiva, onde pequenas fazendas criam dois ou três búfalos em pastagem natural e subprodutos agrícolas com investimentos mínimos.
A produção intensiva de búfalos não é muito comum na Índia, apesar de existirem fazendas leiteiras intensivas. A cadeia de fornecimento da indústria bovina é altamente fragmentada do lado da produção (Figura 5). Seja o produtor ou o coletor (comerciantes a nível de fazenda que coletam animais dos produtores e os levam aos leilões) vendem animais no mercado pecuário semanalmente, de onde os comerciantes compram e vendem animais para os abatedouros, que em grande parte atendem ao mercado local (chamado de wet market) ou a unidades de processamento (abatedouros modernos, que atendem ao mercado de exportação).
Atualmente, existem mais de 4 mil abatedouros na Índia reconhecidos ou autorizados pelos governos locais. Além disso, um número considerável de animais são abatidos em locais não autorizados. Existem cerca de 37 abatedouros e plantas de processamento de carnes  orientados à exportação na Índia registrados pela Autoridades de Desenvolvimento de Produtos Alimentícios Processados e Agrícolas para Exportação (APEDA, sigla em inglês).
Além dessas plantas de abate e processamento integradas, existem outras 39 plantas de processamento orientadas à exportação aprovadas pela APEDA. Muitos dos processadores também usam outros abatedouros municipais para suprir seus requerimentos. Existem cerca de 15 grandes participantes nas exportações de carne de búfalo da Índia. Cerca de 85% do comércio de carnes da Índia é feito através de seis principais participantes e o maior exportador é responsável por 50% do comércio (Figura 6), e estas indústrias têm uma forte rede de  comerciantes para obter os búfalos, pois a base de fornecimento pulverizada é um grande desafio.
Restrições regulatórias
A Índia não permite exportações de carne de vaca, touro ou bezerro, ou exportações de carcaças de búfalos. As exportações são unicamente permitidas na forma desossada. A carne precisa estar acompanhada de um certificado de uma autoridade veterinária designada e não pode ser de búfalo usado para cria ou produção de leite. Os exportadores também precisam fornecer uma declaração à alfândega dizendo que a carne foi obtida de um abatedouro habilitado ou de uma planta de processamento registrados pela APEDA. Em 15 de junho de 2012, a APEDA terminou o período de carência para atualização das unidades orientadas à exportação para os padrões prescritos.
Desde então, somente exportações de carne de búfalo certificada pela APEDA são permitidas. Essa medida deverá reduzir ou prevenir que unidades não registradas exportem carne de búfalo. Entretanto, essa ação é pouco significante para impactar nos volumes de exportação. Em suporte ao setor, o Ministério de processamento de alimentos lançou um programa para estabelecer 25 novos abatedouros e modernizar 25 abatedouros existentes. O Governo forneceu incentivos fiscais com um topo de 150 milhões de rúpias (US$ 2,7 milhões).Esses programas e o suporte são principalmente voltados a unidades de pequena escala.
Crescimento nas exportações
As exportações de carne de búfalo da Índia tiveram um grande crescimento na última década. As exportações cresceram quatro vezes entre 2000/01 e 2011/12 (abril-março), alcançando 1,5 milhão de toneladas (equivalente carcaça) e representando 18% das exportações mundiais. As exportações da Índia aumentaram de uma base de 300 mil toneladas no começo dos anos 2000 para um nível que desafia os principais exportadores do mundo.
As exportações aumentaram 15% ao ano entre 2001/02 e 2011/12. Notavelmente, o maior impulso às exportações veio em 2010/11 e 2011/12, aumentando em 43% e 39% por ano, respectivamente. As exportações da Índia se beneficiaram dos altos preços globais da carne devido ao declínio do rebanho mundial e a grande liquidação que ocorreu durante a crise financeira global. Apesar da Índia ter se classificado em quarto lugar entre os exportadores em 2011 (janeiro a dezembro), o país continuou desafiando a posição número um e espera se tornar o maior exportador em 2012.
Os atuais altos preços dos alimentos para animais podem resultar em mais liquidação de rebanho, o que manterá os preços globais da carne bovina altos nos próximos anos. Isso apoiará as exportações de carne de búfalo da Índia e as expectativas são de que o país exportará 1,74 milhão de toneladas (equivalente peso carcaça) de carne de búfalo em 2012/13 (abril-março) (Figura 7).
A carne de búfalo da Índia está tendo uma forte demanda nos mercados internacionais devido à sua pouca quantidade de gordura. Esta carne é comparável à carne bovina em termos de propriedades físico-químicas, nutricionais e funcionais, bem como palatabilidade. Além disso, a carne de búfalo tem níveis relativamente baixos de calorias e colesterol, o que se soma ao seu apelo para a saúde. Também, a carne de búfalo tem boas propriedades de ligação/agregação, o que a torna adequada para o processamento de produtos como carne moída.
Os principais destinos de exportação da carne de búfalo indiana são o Sudeste da Ásia, o Oriente Médio e a África do Norte. Vietnã e Malásia surgiram como dois dos maiores destinos, seguidos por Egito. Os três principais destinos representaram aproximadamente 45% do volume exportado da Índia em 2011/12 (abril/março).
Em termos de carne sem osso (a forma pela qual a Índia permite exportar), o país viu um forte aumento nas exportações de carne de búfalo, aumentando de 495 mil toneladas em 2009/10 para 985 mil toneladas em 2011/12 (Figura 8). Os parceiros de exportação da Índia têm sido consistentes nos últimos três anos. O Vietnã tem sido um parceiro dominante de exportações, ficando com 28% de participação nas exportações da Índia em 2011/12. A Malásia, cuja participação nas importações vem aumentando firmemente, fica em segundo lugar, alcançando 10% em 2011/12. Outros parceiros significantes de exportação incluem Egito, Arábia Saudita e Filipinas, com os cinco maiores países exportadores representando mais de 59% das exportações da Índia.
As exportações de carne de búfalo da Índia cresceram de forma significante devido à crescente demanda, que não foi capaz de ser suprido pelos exportadores tradicionais nos últimos três anos. O comércio mundial de carne bovina cresceu 3% ao ano entre 2001 e 2011. De acordo com o USDA, as exportações globais poderão aumentar 7% em 2012 com relação a 2011 (Figura 9). A produção mundial de carne bovina tem sido estável desde 2006 e provavelmente não deverá se expandir em um futuro próximo. Qualquer limitação na oferta da Índia adicionará mais pressão nas ofertas globais.
Os esforços de comercialização da Índia estão aumentando as exportações em mercados tradicionais e novos mercados. A produção de carne de búfalo está aumentando para suprir a crescente demanda através de investimentos nas capacidades de processamento de carne. Graças à indústria de lácteos, a qualidade da carne está melhorando devido ao melhor manejo sanitário dos animais, maior eficiência na produção animal e investimentos em nutrição. Com o aumento no volume de exportação e para aproveitar o potencial, mais investimentos em abatedouros e plantas de processamento de carne com as últimas tecnologias e infraestrutura são esperados.
A Índia não é um país livre de febre aftosa e depende da vacinação para prevenir a doença. Todo o controle sanitário é realizado pela indústria, bem como pelo Governo, para prevenir um foco da doença. Entretanto, a vigilância poderia ser aumentada com melhores instalações nos mercados pecuários e abatedouros, incluindo testes por veterinários.
Melhor padrão de qualidade ajudaria a carne de búfalo indiana a alcançar novos mercados. Entrar em mercados avançados é difícil, à medida que muitos deles requerem status de livre de aftosa e rastreabilidade, que é difícil de se obter além de um certo ponto na cadeia de fornecimento da Índia, apesar de o Governo ter instituído uma política para rastrear a produção de carne a nível de abatedouros.
O rendimento da produção de carne da Índia é baixo comparado com as médias internacionais. Existe um potencial considerável para aumentar a produção de carne através de medidas para melhorar o rendimento, incluindo melhores raças. Para aumentar o lucro potencial, a educação em métodos científicos modernos para engordar bezerros machos de búfalos – que são normalmente abatidos/ou mal alimentados quando os produtores não os considera úteis para uso de tração – é necessária a nível de fazenda.
A indústria de carne de búfalo da Índia enfrenta resistência devido à intervenção frequente pelos ativistas por bem-estar animal. Essa pressão prejudica a indústria, e ainda diversos governos estaduais não querem ser associados ou promoverem a indústria. Além disso, para conseguir as melhorias necessárias, a Índia não somente precisa investir em infraestrutura, mas também, precisa direcionar mais recursos para treinamento de mão de obra para a indústria de carnes.
Indústria de carne de búfalo continua crescendo
Rebanho:
Um dos principais direcionadores da carne de búfalo indiana tem sido o crescimento na indústria de lácteos. Esta indústria está crescendo entre 3% e 4% ao ano, o que tem ajudado o crescimento da população de búfalos. Graças ao desenvolvimento da indústria de lácteos, não somente o tamanho do rebanho, mas também, a saúde dos bovinos/búfalos melhorou. De acordo com o último censo de 2007, o rebanho de búfalos da Índia cresceu 1,8% ao ano entre 2003 e 2007, comparado com 1,43% entre 1997 e 2003. O tamanho do rebanho aumentou de 98 milhões de cabeças para 105 milhões de cabeças. O próximo censo deverá ser feito esse ano, dando uma luz sobre o tamanho e a saúde do rebanho.
Durante 2003 e 2007, a população de búfalos machos cresceu 2,3% e a de fêmeas cresceu 1,74%. O rebanho geral de búfalos cresceu 1,74% por ano entre 1972 e 2007; considerando uma taxa de crescimento similar, o tamanho total do rebanho de búfalos pode potencialmente alcançar 115 milhões em 2012.
Considerando um peso médio de carcaça de 120 quilos a 150 quilos, a Índia poderia estar abatendo de 21 milhões a 26 milhões de cabeças. A população de búfalas para ordenha está estimada em 38 milhões de cabeças para 2012, o que deixa cerca de 48 milhões de cabeças para reconstrução do rebanho. Globalmente, a proporção de animais abatidos com relação à população do rebanho vai de 16% a 26% nas principais regiões produtoras de carne. Baseado nas estimativas do Rabobank, os abates na Índia poderiam alcançar cerca de 18% a 22% do rebanho total.
Considerando a taxa de crescimento do censo de 2007 para búfalos machos e fêmeas de menos de um ano de idade, pode-se estimar que a cada ano outras 32,5 milhões de cabeças são produzidas contra um abate de entre 21 milhões e 26 milhões de cabeças. Se considerarmos a taxa atual de produção de carne e o crescimento da expansão do rebanho, o atual rebanho pode suportar o crescimento da produção até 2015, a uma taxa de crescimento das exportações de 25% ao ano. Entretanto, além desse período, taxas maiores de abates comparado com reposição do rebanho poderiam pressionar a oferta futura.
É importante que seja dada atenção em combinar o desenvolvimento do rebanho com o crescimento na produção de carne. Com o suporte correto do Governo, programas de criação de búfalos machos podem ser desenvolvidos para fortalecer a base de oferta. No momento, existe pouco foco na criação e muitos produtores estão vendendo machos jovens para abatedouros. Com o atual desenvolvimento da indústria, a conscientização entre os produtores poderia levar à criação mais proativa de machos, à medida que os produtores veriam isso como uma fonte sustentável de renda.
Entretanto, a oferta não deveria crescer somente pelo aumento do número de animais, mas também, do aumento no peso individual. Se direcionado adequadamente, o sistema extensivo de criação de búfalos poderia ter um impacto positivo sobre a reconstrução do rebanho, especialmente quando os produtores perceberem o potencial para geração de renda adicional e a produção de carne como uma indústria se tornar mais aceitável.
Os búfalos também dão aos produtores melhor valor residual, diferentemente dos bovinos, que não podem ser abatidos legalmente na Índia. Tipicamente, os produtores indianos vendem búfalos que não estão sendo ordenhados, dependendo da condição, por cerca de US$ 150 a US$ 250 por cabeça, fornecendo um incentivo a mais para os produtores criarem búfalos.
A região de Uttar Pradesh tem a maior população de búfalos da Índia, representando 23% da população total do país (Figura 10). A concentração da indústria bovina pode ser vista nos estados de Uttar Pradesh e Andhra Pradesh, onde estão os maiores rebanhos. Os búfalos também são transportados de áreas de menor produção para importantes centros processadores de carne para processamento.
A expansão do rebanho global está enfrentando desafios, com os principais exportadores buscando reconstruir se recuperar após a liquidação de animais que ocorreu nos últimos três as quatro anos devido a diversas razões, como seca, crise financeira e doenças. O declínio no rebanho global também resultou em maiores preços da carne bovina pelo mundo, fornecendo grande oportunidade para a Índia ofertar ao mercado de carne bovina e outros segmentos selecionados através da produção de carne de búfalo. Os atuais altos preços das commodities agrícolas e utilizadas como alimentos para animais deverão ter um impacto duradouro no preço da carne, mantendo-o em níveis elevados nos próximos dois a três anos. A indústria de carne de búfalo está bem posicionada para aproveitar as vantagens dos maiores preços da carne bovina e para tomar a liderança no comércio global.
Competitividade de preços no mercado importador
Nos cinco principais mercados de exportação de carne de búfalo da Índia, a carne está em maior demanda comparado com a carne bovina importada de outros países. Com exceção do Egito, os cinco principais mercados importam pelo menos duas vezes mais carne de búfalo da Índia do que importam carne bovina do país que está em segundo lugar. O preço da carne de búfalo indiana é muito competitivo, resultado da estrutura da cadeia de fornecimento indiana.
Uma vez que não existe um sistema de criação e a carne de búfalo é um subproduto da indústria leiteira, não é fácil atribuir um custo de produção de carne de búfalo. O valor residual do búfalo é baseado nos preços internacionais, que podem ser repassados à cadeia de fornecimento. Com exceção do Vietnã, onde os preços de importação de carne bovina foram similares para os três principais países fornecedores, a carne de búfalo da Índia foi vendida na Malásia a um desconto de mais de 30% comparado com a segunda mais barata, a carne australiana, e nas Filipinas, a 25% de desconto comparado com a carne neozelandesa (Figura 11). Nos mercados do Oriente Médio, a carne de búfalo tem preços competitivos com relação à carne latino-americana, colocando a Índia entre os principais exportadores a esses países.
Consumo deverá continuar aumentando em mercados de carne bovina de baixo valor
Os países emergentes no Sudeste da Ásia, Oriente Médio e África do Norte mostraram um crescimento econômico relativamente forte (Figura 12) e esse crescimento aumentou o poder de gasto nesses países. A carne bovina também se beneficiou desse fenômeno, à medida que passou a incluída em maior quantidade nas dietas destes países. Assim, o Sudeste da Ásia, onde o consumo de carne bovina cresceu 5,6% por ano entre 2001 e 2012, ficou como a região de maior crescimento no consumo.
O mercado mais forte para o consumo de carne bovina do Sudeste da Ásia, o Vietnã, mostrou crescimento consistentemente forte no consumo. Nos últimos 12 anos, o consumo de carne bovina do Vietnã cresceu 9% ao ano. A Malásia, outro grande consumidor de carne bovina, também mostrou um consumo per capita alto, de 7,3 quilos por ano. Também observou-se que a população consumidora de carne bovina na região está buscando carne com menor preço ao invés das categorias com maiores preços.
Por isso, a carne de búfalo da Índia se adequa perfeitamente a essa categoria de demanda. Existem outros mercados com grande potencial, como Indonésia, que atualmente não importa carne de países que não são livres de febre aftosa. Entretanto, no futuro, mudanças políticas poderão resultar na abertura desses mercados à carne indiana. A demanda por carne de búfalo indiana deve crescer nos mercados do Sudeste da Ásia. Além disso, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e a África Subsaariana oferecem novas oportunidades de mercado para a carne bovina indiana daqui para frente.
Conclusão
A indústria de carne de búfalo indiana está rapidamente se tornando nova líder mundial neste mercado. O grande e crescente rebanho fornece uma base sustentável para a Índia se tornar líder na exportação de carne de búfalo por pelo menos os próximos anos. Entretanto, a atual taxa de crescimento da produção poderia no final das contas desafiar a base de oferta em longo prazo (além de 2015) e precisaria um grau maior de atenção à reconstrução do rebanho. O consumo doméstico continuará sendo restrito a um segmento limitado da população.
A participação da Índia no comércio de carne bovina aumentou rápido na última década, colocando a carne de búfalo entre as principais commodities agrícolas exportadas pela Índia em termos de valor. As exportações de carne de búfalo cresceram significantemente devido à crescente demanda por carne bovina, que não foi suprida pelos exportadores tradicionais nos últimos três anos devido às secas, queda no tamanho do rebanho e crise financeira.
Direcionado pelo aumento no tamanho do rebanho, preços competitivos nos mercados globais e demanda de mercados de baixo valor no Sudeste da Ásia e no Oriente Médio, a indústria bovina da Índia deverá se tornar líder de mercado. A demanda por carne de búfalo da Índia pode crescer nos mercados do Sudeste da Ásia. Além disso, a CEI e a África Subsaariana oferecem novas oportunidades de mercado para a carne de búfalo da Índia no futuro.
Atualmente, à medida que o rebanho global está sob pressão devido aos altos preços dos grãos e o mundo deverá enfrentar preços elevados da carne bovina nos próximos anos, a carne de búfalo indiana está bem posicionada para aproveitar as incapacidades globais de suprir a demanda por carne. O bom trabalho da indústria de lácteos indiana deveria ver a reconstrução do rebanho acompanhando os abates, como observado no passado.
O fato de a carne bovina ser um subproduto na Índia, seu custo de produção é baixo, enquanto a estrutura fragmentada/pulverizada na base de oferta é um grande desafio e uma barreira à entrada para novos membros na indústria. Diferentemente dos mercados de carne bovina em outros países, a cadeia de produção não existe e sua construção requereria grandes investimentos. Pastagens a nível corporativo não são facilmente acessíveis e o uso de confinamentos fica inviável devido aos altos custos dos grãos. Os players globais poderiam participar da cadeia de abastecimento de carne de búfalo da Índia a nível de valor agregado, conquistando sua clientela global.
Além disso, a indústria de carne de búfalo da Índia enfrenta desafios relacionados à infraestrutura, produtividade e segurança. Para aproveitar o potencial de exportação, serão necessários investimentos para melhorar a infraestrutura de abate e processamento, transmitir o conhecimento e experiência de criação e melhorar os padrões de segurança alimentar. Entretanto, os focos de doença representam os riscos mais sérios ao aumento da indústria bovina indiana.

FONTE: BEEFPOINT

domingo, 2 de dezembro de 2012

Entrevista com Gedeão Pereira

Seca: produtores rurais do RS sofrem com a falta de chuvas, solução seria captar água para a irrigação. É necessário construir açudes e barragens para armazenar a água das chuvas, hoje há licenciamentos automáticos para pivô central em propriedades de até 100 hectares, mas produtores aguardam mais de 4 anos nas filas. FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS